quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Boicotes e privilégios

Como vem acontecendo absurdamente por ordem das Federações e Confederações de futebol, os sites que realizam cobertura de eventos esportivos são discriminados em credenciamentos de grande porte, sendo impedidos de entrar e realizar seu trabalho.

Em muitas oportunidades um veículo que vem de outro estado tem mais acesso do que o veículo local.
Há casos em que até mesmo o rádio é boicotado, principalmente nas entrevistas pré e pós jogo, dando prioridade somente para a TV.
Bem, a ordem final para o boicote parte da instituição, já o pedido para realizar o boicote............

E como aconteceu algo relacionado no jogo entre Brasil e Venezuela, resolvi publicar aqui na íntegra a matéria produzida pelo Portal Comunique-se, ontem dia 14 de outubro.


Vejam:

Os sites jornalísticos de Campo Grande (MS) não conseguiram credenciamento para a cobertura das atividades da seleção brasileira na cidade, que enfrenta a Venezuela nesta quarta-feira (14/10), pela última partida das eliminatórias para a Copa de 2010. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu preferência para os veículos nacionais e frustrou jornalistas locais.


“Já estamos conformados em cobrir como vai ser o clima na rua, se o Kaká vai dar tchau pela janela do hotel...”, diz o repórter do MidiaMax Celso Bejarano.

Sindicato contesta decisão

O Sindicato dos Jornalistas do estado divulgou comunicado pedindo esclarecimentos e a liberação da cobertura para os sites locais.

“O acompanhamento do treino da seleção brasileira na capital foi impedido por este setor, prática que não condiz em nada com o espírito democrático do país, a liberdade de imprensa e a grandeza do futebol brasileiro”, diz a nota.

CBF nega preconceito

O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, explica que não houve qualquer tipo de preconceito contra os veículos locais. Ele informa que foram mais de mil pedidos de credenciamento para a cobertura e, por isso, vários veículos tiveram que ficar de fora.

“O estádio tem um número limitado de espaço. A gente tem que acomodar do jeito que pode. Não só eles, como muitos outros veículos ficaram fora do credenciamento”, explica.

O presidente do sindicato, Clayton Sales, entende os motivos da CBF, mas não concorda com a decisão. Em sua opinião, a entidade deveria se informar melhor sobre a importância dos sites locais antes de determinar quem pode ou não cobrir a partida.

“A imprensa está trabalhando muito para fazer um espetáculo bonito. São veículos sérios, com jornalistas profissionais contratados. Não é justo. Você é daqui, mas tem que ceder seu espaço pra quem vem de São Paulo e do Rio de Janeiro?”, questiona.

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