sexta-feira, 17 de abril de 2009

Urubu ou Águia: O que pode ser pior?



Postagem pelo jornalista Júlio Almeida






Talvez você possa estar se perguntando o que tem a ver o título dessa matéria com o futebol. Se observarmos o seu sentido direto entenderemos que não condiz nada com o mundo futebolístico, mas se acrescentado à trajetória do Fluminense nos últimos dias, poderemos perceber uma certa assimilação entre os fatos.


Vejamos: Após ser desclassificado da Taça Rio pelo “urubu” da Gávea por 1 a 0, em uma partida apática e sem rumo, o estranho time das Laranjeiras mais uma vez se fez vítima de uma espécie de ave, agora mais poderosa e certeira, a Águia de Belém, que derrotou o fluminense por 2 a 1, no Mangueirão. Não tão diferente do último jogo de domingo, isso porque além da apatia, o Flu demonstrou ser um time imaturo e sem controle emocional, o que entristece e muito aqueles que carregam no peito o símbolo do tricolor, o clube das Laranjeiras fez uma péssima partida.

A torcida então fica se perguntando onde está aquela equipe que no ano passado demonstrou ser um time muito diferente do que é hoje, quando disputou com honradez e convicção a Libertadores.
Dessa vez, até a infantilidade do meia Thiago Neves ao receber o cartão vermelho aos 39 do primeiro tempo, por lamentavelmente atirar uma bolada no gandula, refletiu o nervosismo do time e criou oportunidades para expressões de humilhação da torcida oposta, tais como “timinho....timinho...” e “olé...olé...”.

Prefiro, nas próximas linhas apenas diferenciar as características dessas duas aves e, junto, descrever a horrível atuação do Fluminense diante delas. Assim talvez possamos entender o porquê dessa lastimável situação do saudoso tricolor das laranjeiras.

1) Em relação a altitude do vôo, tanto o urubu quanto a águia são aves que apresentam uma altitude considerável e mesmo assim quem quis voar mais alto nessas partidas foi o Flu. Não por força de querer jogar mais e sim por achar em ser o favorito.

2) O sentido do vôo do Urubu é sempre em círculos e o Fluminense literalmente ficou no meio desse círculo, errando com freqüência os passes e quando apresentava perigo ao seu oponente, de tanto ficar no meio do círculo, estava tonto e não conseguia concluir com exatidão a jogada. Já o vôo da Águia é sempre para frente, o que arrasou o tricolor, sempre levando perigo ao gol de Fernando Henrique. Foi pressão total!

3) O Urubu possui uma dependência de voar em bando, por isso conseguiu êxito na partida, sendo que o fluminense parecia estar jogando cada um por si. E a Águia, ah, essa sim não depende de bando, mas é eficaz, o que comprovou a supremacia de Aleílson, que sozinho oferecia perigo ao defensor do Flu.

4) O Urubu olha o tempo todo para baixo, não com um sinal de desânimo, mas de esperteza para visualizar a sua presa, a carniça (FLU). O flu está cabisbaixo faz tempo, mas como não é um urubu não oferece nenhum perigo às suas vítimas. A Águia olha sempre para frente e se o tricolor não abrir os olhos pode perder essa Copa do Brasil na quarta-feira que vem.

5) Uma característica interessante do Urubu é observada durante as tempestades. Quando chove ela interrompe o seu vôo e desce para procurar abrigo, o que significa se acuar e rever as suas estratégias. Será que o Fluminense está sabendo passar por essa tempestade? A Águia já é o oposto. Ela, sempre durante as chuvas, sobe mais alto ainda para provocar as tempestades e, por cima das nuvens, poder voar livremente. Sorte do Flu que essa Águia não esteja passando por nenhuma tempestade, pois se estiver...

6) E por último, temos que citar o tipo de alimentação dessas duas aves de rapinas. O Urubu se alimenta de restos mortais, por isso ganhou do fluminense no domingo. Já para a Águia, a sua refeição favorita são os seres vivos. Sendo que com essa característica o Fluminense não precisa se preocupar tanto, sendo que os jogadores estão mais mortos do que vivos.
Assim vou finalizando essa didática matéria ressaltando alguns cuidados para o clube das laranjeiras.

É preciso que o tricolor utilize armaduras da boa vontade de seguir em frente e jogue a próxima partida com uma visão voltada para o futuro, se não o time terá que passar por rígidos tratamentos com psicoterapeuticas para tentar conter a ORNITOFOBIA, ou seja, para perder a fobia por aves.

Crédito foto: Lancenet

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